Trago
uma especial alegria e o privilégio de ter, para o livro Contos
Humanos, o prefácio de Jácomo Facio Neto. O livro terá
ainda um posfácio, do escritor Edu Moreira
Prefácio:
Humanos
ou humanoides; como me sinto, mais para a direita, mais para a
esquerda ou mureiro.
Em
uma passada pelo mundo literário, feito pelo autor, temos
outros escritores, vários, e seus personagens em diferentes
épocas e tempos, como testemunhas de um mundo que mudou, se
globalizou e banalizou as relações humanas, criando
maior distanciamento entre as pessoas; e a troca, o aperto de mão,
como ficam as relações: fiapos, desconfianças ou
deixa pra lá. Outras palavras; fazendo o ter mais valorizado
que o ser.
O
autor escreve, cria e retrata, como pode ser lido na obra do Elói,
verdades, mentiras, suposições, imaginações,
absurdos que acontecem na realidade e acabam sendo confundidos com a
ficção; realidade ou ficção, ficção
ou verdade. Será que a voz do povo é a voz de Deus,
quando jogam-se nos ombros de uma mulher viúva pestes e
loucura?
Roda
ou gira o mundo, feito pião, nem tudo que ocorre no hemisfério
norte é pecado no sul. Mas a sujeira é a mesma; fede
lá, fede cá; fé de mais fé de menos,
perfume é o remendão em várias sociedades.
Nem
tudo que acontece em Brasília é pecado, pois um coral
de anjos canta em harmonia, fechando os olhos e sacudindo as penas (
balançando os ombros).
-Povo,
eu sou da comunidade, até ser eleito, depois sou elite, saindo
do Bexiga, atravessando a Paulista e me fixando nos Jardins; brava
gente brasileira.
As
verdades do Elói aqui contidas na forma de personagens, todos
com a mesma importância, chegam a fazer rir muito, chorar
também, e em determinados pontos ou capítulos nos
confundimos como bêbados ou equilibristas, achando que o lido
foi escrito e sempre pensado por nós leitores.
Nem
ele escapou; Macunaíma herói brasileiro, assim como
outros personagens locais, regionais e universais são
Luzivanios e Luzivanias, Clarianos ou Clarianas que clareiam nossas
mentes para os jogos, sejam de poder ou de copas, que camuflam ou
tentam fazê-lo com a realidade.
Mostrando
com seus personagens, suas vidas e ações o dia a dia de
muitos de nós; espelhos do cotidiano; espelho de várias
cidades, vilas ou guetos.
Que
valor seria dado a vida pois até um personagem, pra quem mora
em São Paulo é muito real, vive nas ruas fazendo parte
das franjas da sociedade, sujo, pouco falando o português
compreensivo, ou inglês, mas também sujo andado de
bicicletas, malandros. Comida até podem ganhar e manterem-se,
mas existe o “dindin” para boas goladas de aguardente. Para quem
doa é mais fácil dar de beber um convite e um tapinha
nas costas.
Elói
não fica a beira ou margem do caminho jogando pedras ao além.
As pedras são usadas para construir um texto forte onde a
realidade aparece como ficção.
Seja
em nome de bairro, rua ou mesmo referindo-se a fé, nos fica
evidente a religiosidade do autor.
Jacomo
Facio Neto
Professor
de matemática, ciências e biologia, pedagogo, Diretor de
Escola Municipal em São Paulo, cronista e admirador do autor
como pessoa e suas obras e lisonjeado pelo convite do amigo e irmão
para escrever o presente Prefácio.
Estarei ansiosa pela leitura do mesmo.Elói;Assim com "As pílulas do santo cristo me encantou,me levou a incríveis imaginações,levando-me a ambientes e lugares e realidades ainda desconhecidas para mim de São Paulo e ao mesmo tempo real,quando identifiquei realidades bem parecidas, dos progressos e mazelas de uma cidade,de um povo.Com certeza Contos Humanos trará à nós leitores apaixonado por sua literatura,muita satisfação como tem sido com outros textos seus!Parabéns,meu querido!
ResponderExcluirMuitíssimo grato, Marilene, amiga querida; feliz por estamos tão pertos, unidos pelas letras, pela literatura, mesmo de cidades distantes; bjos gratos, preciosíssima e aguda leitora!
ResponderExcluirApaixonante este belíssimo Prefácio, parabenize o escritor e professro Jacomo Facio neto por mim. Uma obra de arte digna de constar em Contos Humanos!
ResponderExcluirParabéns aos dois...
Muitíssimo grato, Elisabeth por suas palavras, pela sensível congratulação!
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